She Loves You é, para mim, a canção mais representativa da Beatlemania, fenómeno sem precedentes. O gigantesco Caruso, no princípio do século, tinha sido idolatrado em vida, provavelmente tão reconhecido e célebre - nas devidas proporções - no seu tempo como os Beatles foram nos anos 60. Mas com os Beatles o mundo assistiu, pasmado, a um fenómeno dificilmente explicável. Centenas, milhares de adolescentes chorosas, que arrancavam os cabelos, que desmaiavam (e desmaiavam mesmo!), que gritavam incontrolavelmente... Linda Eastman, a admirável mulher de Paul, tristemente levada em 1998, seria odiada (com muitas lágrimas de revolta à mistura, quando se soube do casamento). De Yoko Ono, por quem também tenho grande admiração, nem é bom falar. John bem sabia o que dizia com aquele «They're gonna crucify me» em The Ballad of John and Yoko... Curiosamente, apenas Pattie Boyd, primeira mulher de George, conseguiu escapar a este ciúme irracional.
Escolhi She Loves You porque o Yeah-Yeah-Yaeh do refrão viria, em Portugal, a servir para designar a música deles e toda a que lhe veio na esteira, e que ficou conhecida como música ié-ié (é favor não rir). Em 1966 os Beatles desistiram de actuar ao vivo, tamanho o tumulto e a gritaria - nem conseguiam ouvir-se a si mesmos -, começando então os agora chamados studio years.
Não resisto a pôr aqui este cartoon da Mafalda do genial Quino. A Mafalda adorava os Beatles, pontualmente aparecem referências a eles. Aqui e ali consigo até distinguir a capa do álbum (pelo menos as de Rubber Soul e Abbey Road são bem visíveis). A música que aqui vemos interrompida em plena cantoria desenfreada só pode ser She Loves You.
Algumas curiosidades: o single de She Loves You, lançado a 23 de Agosto de 1963 (quatro dias antes do meu terceiro aniversário...), viria a deter por longos anos o recorde de disco mais vendido na Grã-Bretanha, só sendo destronado em 1978 por Mull of Kintyre, de... (adivinharam) Paul McCartney. Foi também o primeiro disco dos Beatles a ultrapassar a barreira do milhão de cópias vendidas.
Uma última questão: na barra lateral tenho uma lista de Beatlemaniacs completamente desactualizada e que me apetece rever, ou até eliminar. As pessoas que dela constam nunca aqui põem os pés, nem sequer têm o Beatles Forever! nos seus links... Em contrapartida, há visitantes mais recentes que aqui vêm espreitar com regularidade, que me pedem actualizações, que o incluíram no seu rol de visitas. Caso do Codornizes, do Porta do Vento, do O Meu Cais, do Claras em Castelo, do Abencerragem (gosto do nome, muitas vezes também sinto ser isso)... Só não elimino a n.º 1, vou tentar saber notícias dela, tem o blóguio parado desde Outubro, e mais dois ou três (Artur, Azul... talvez a Famosa, mas só em atenção à Patanisca...). Alguém quer candidatar-se a nova numeração ou é uma filiação idiota? Digam de vossa justiça...
Escolhi She Loves You porque o Yeah-Yeah-Yaeh do refrão viria, em Portugal, a servir para designar a música deles e toda a que lhe veio na esteira, e que ficou conhecida como música ié-ié (é favor não rir). Em 1966 os Beatles desistiram de actuar ao vivo, tamanho o tumulto e a gritaria - nem conseguiam ouvir-se a si mesmos -, começando então os agora chamados studio years.
Não resisto a pôr aqui este cartoon da Mafalda do genial Quino. A Mafalda adorava os Beatles, pontualmente aparecem referências a eles. Aqui e ali consigo até distinguir a capa do álbum (pelo menos as de Rubber Soul e Abbey Road são bem visíveis). A música que aqui vemos interrompida em plena cantoria desenfreada só pode ser She Loves You.
Algumas curiosidades: o single de She Loves You, lançado a 23 de Agosto de 1963 (quatro dias antes do meu terceiro aniversário...), viria a deter por longos anos o recorde de disco mais vendido na Grã-Bretanha, só sendo destronado em 1978 por Mull of Kintyre, de... (adivinharam) Paul McCartney. Foi também o primeiro disco dos Beatles a ultrapassar a barreira do milhão de cópias vendidas.
Uma última questão: na barra lateral tenho uma lista de Beatlemaniacs completamente desactualizada e que me apetece rever, ou até eliminar. As pessoas que dela constam nunca aqui põem os pés, nem sequer têm o Beatles Forever! nos seus links... Em contrapartida, há visitantes mais recentes que aqui vêm espreitar com regularidade, que me pedem actualizações, que o incluíram no seu rol de visitas. Caso do Codornizes, do Porta do Vento, do O Meu Cais, do Claras em Castelo, do Abencerragem (gosto do nome, muitas vezes também sinto ser isso)... Só não elimino a n.º 1, vou tentar saber notícias dela, tem o blóguio parado desde Outubro, e mais dois ou três (Artur, Azul... talvez a Famosa, mas só em atenção à Patanisca...). Alguém quer candidatar-se a nova numeração ou é uma filiação idiota? Digam de vossa justiça...
4 comentários:
Essa da Mafalda foi bem apanhada, nunca tinha reparado!
E ontem, na Fábrica do Braço de Prata com 2mil pessoas, a DJ passou duas músicas dos Beatles! Fiquei parva quando ouvi as primeiras cordas do I Feel Fine :) Não estava nada à espera! E passado um bocado, o Love Me Do.
É verdade, Rosa. Hei-de pôr aqui mais cartoons.
Quanto ao facto de os teres ouvido ontem na Fábrica do Braço de Prata (onde nunca fui, hoje em dia saio muito pouco), acho uma delícia! Prova - como se ainda fossem necessárias provas - de que eles são eternos e intemporais.
Pois podes acreditar que eu venho aqui, não é muitas vezes, mas venho... e adoro Beatles! Devias ver-me a cantar com o Pedro nas nossas viagens, ou na biblioteca ao fim-de-semana, ao som do vinil! Maravilha!
beijinhos
"Centenas, milhares de adolescentes chorosas, que arrancavam os cabelos, que desmaiavam (e desmaiavam mesmo!), que gritavam incontrolavelmente... "
Se eu vivesse aquela e´poca eu tenho certeza que eu faria isso em dobro do que das outras pessoas.
Ah, se eu construo uma maquina do tempo!
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