Há mais de dois anos que tinha esta data assinalada na agenda do Google. Que, muito amavelmente, logo pelas sete da manhã me lembrou este aniversário tão importante: os 40 anos do último disco dos Beatles, possivelmente o que me é mais querido. Li muito sobre Abbey Road por essa blogosfera fora, ninguém contou o disco tão bem como o Rato, do Rato Records.
Eu não saberia escrever coisa tão minuciosa, tão completa. E porque não há aqui ambição de brilho, apenas amor pelos Beatles, fiquemos com o melhor que li. O autor autorizou alegremente, até me mandou o HTML da sua entrada. De nada me serviu, tão diferentes são as formatações dos nossos blogues. O dele com fundo claro, este com fundo escuro. Foi um duro labor, meus amigos. Mas por uma nobre causa: o nosso comum amor aos Beatles. Passo a palavra ao Rato. É tudo dele, texto e fotografias. É tudo nosso, que os Beatles são este amor sem princípio nem fim.
Originally Released on LP Apple PCS 7088
(UK 1969, September 26)
Último álbum gravado pelos Fab Four (como não podia deixar de ser, n.º 1 em ambos os lados do Atlântico), embora Let It Be fosse editado posteriormente, já em 1970, é porventura o mais perfeito de toda a história da música rock. E isto apesar de nada o fazer prever. Com efeito, desde a morte de Brian Epstein que as tensões entre os quatro Beatles não tinham parado de crescer. Atingira-se um ponto em que não conseguiam concordar em nada, sobretudo na música que cada um queria fazer. No campo da gestão do património do grupo a guerra era total, entre John Eastman (advogado de sucesso e pai de Linda Eastman), obviamente apoiado por McCartney e Allen Klein, apoiado por Lennon, com conivência dos outros dois Beatles (Klein manteve contrato com os três até 1977). O resultado dessa guerra traduziu-se em mais uma razão para o fim do grupo.
Antes, porém, e num último tour de force, McCartney sugeriu a George Martin a gravação de mais um álbum, no sentido de tentar atenuar um pouco as relações entre os membros do grupo. Martin impôs duas condições básicas: ser ele a controlar toda a produção (como nos “velhos” tempos) e ter a concordância inequívoca de John Lennon para tal projecto. Por estranho que tivesse parecido na altura, Lennon acedeu prontamente, não levantando qualquer problema. George Emerick foi chamado para engenheiro de som, tendo Alan Parsons e Philip McDonald como assistentes, e Tony Banks como operador das fitas de gravação. Estava assim constituída a tripulação que levaria aquele barco a porto seguro.
Apesar do prévio acordo, a estrutura de Abbey Road foi bastante discutida. John queria que fosse um album de rock 'n' roll puro e simples, enquanto Paul antevia antes uma pop opera de diferentes canções, todas ligadas num longo medley. O resultado, pelo visto, satisfez ambos.
O lado 1 ajusta-se mais às ideias de John, que contribuía com duas faixas: Come Together e I Want You; Paul assinava mais duas, Oh! Darling e Maxwell's Silver Hammer, e George e Ringo ficavam-se com uma cada, respectivamente Something e Octopus's Garden.
COME TOGETHER (Lennon/McCartney)
Gravado em 21, 22, 23, 25, 29 e 30 de Julho de 1969
Composta por Lennon a pedido do guru do LSD, Timothy Leary (que na altura concorria a governador da Califórnia com o slogan “Let’s Get It Together”), esta faixa de abertura (que introduz pela primeira vez a técnica da slide guitar de Harrison) foi inspirada no tema You Can’t Catch Me, de Chuck Berry, do qual Lennon copiou inclusive parte de um verso. Recentemente, nas notas para o disco Love, George Martin escreveu que Come Together é a sua música favorita de toda a carreira dos Beatles.
SOMETHING (Harrison)
Gravado em 2 e 5 de Maio; 11, 16 de Julho e 15 de Agosto de 1969
Inspirada numa estrofe de uma canção de James Taylor — Something in The Way She Moves, esta é sem dúvida a mais famosa canção de George Harrison, apesar de um dia o crooner Frank Sinatra ter dito que a considerava o melhor tema de Lennon/McCartney. A musa inspiradora foi Pattie Boyd, na altura ainda mulher de George, mas que viria a trocar o Beatle pelo amigo Eric, que de igual modo se deixou enlear em toda aquela luz inspiradora (Layla, Wonderful Tonight).
Something, escrita durante as gravações para o White Album, é marcada por uma melodia belíssima e representa a maturidade de Harrison como compositor. Originalmente a música terminava numa longa jam session e a orquestra de 21 músicos foi adicionada três meses depois da gravação original. Chegou a ser “oferecida” em primeira mão a Joe Cocker (que a gravaria mais tarde), mas tal decisão foi repensada e, felizmente, foram os Beatles que primeiro a gravaram. Lançada também como single, foi o primeiro 45 rotações a ter uma música de George Harrison no lado A (o lado B era Come Together). É a melhor canção do álbum, segundo Lennon, e a melhor de George, segundo McCartney, que no dia 29 de Novembro de 2002 a cantou, juntamente com Eric Clapton, no Concert for George, um ano após a sua morte. Será que Pattie Boyd se encontrava na assistência?
MAXWELL´S SILVER HAMMER (Lennon/McCartney)
Uma música de Paul no estilo de Sgt. Pepper's. Originalmente deveria fazer parte do disco Let it Be, já que o filme mostra o grupo a ensaiá-la, mas só foi gravada meses mais tarde. A letra conta a história de um maníaco homicida que mata toda a gente com o seu martelo de prata. Paul canta, toca guitarra e piano, e pela primeira vez num disco dos Beatles é usado um sintetizador Moog, um avanço tecnológico na época. John não participou na gravação por, segundo ele, a canção ser mais uma ideia estapafúrdia de Paul; e uma bigorna é tocada por Mal Evans para dar o som oco do martelo (hammer).
OH! DARLING (Lennon/McCartney)
Gravado em 20 e 26 de Abril; 17, 18, 22 e 23 de Julho; 8 e 11 de Agosto de 1969Esta canção de McCartney é mais uma brincadeira ao estilo dos anos 50. Para poder realizar o vocal gritado e rasgado que caracteriza a música, McCartney gravava apenas uns versos da canção por dia, no início da manhã, para que a sua voz tivesse o tom e a força necessários. No álbum Anthology 3 é possível ouvir uma outra versão cantada por John Lennon.
OCTOPUS'S GARDEN (Starkey)
Gravado em 26, 29 de Abril e 17, 18 de Julho de 1969
A segunda música de Ringo a ser gravada pelos Beatles (a primeira fora Don´t Pass Me By, do White Album), e o seu primeiro grande sucesso. Foi inspirado numa viagem à ilha da Sardenha, quando Ringo se cruzou com uma guia turística que falava sobre a vida dos polvos. A guia dizia que os polvos, para se protegerem, juntavam pedras coloridas em frente das suas tocas, criando uma espécie de jardim. Daí o título, Octopus’s Garden. A letra simples que lembra temas infantis, a simpatia de Ringo e a competência dos outros Beatles em acompanhá-lo tornaram Octopus's Garden um número muito querido entre os fãs ao longo dos anos. Além dos instrumentos convencionais, Paul toca piano, e são usados alguns efeitos como bolhas num copo de água sopradas por Ringo, e vozes modificadas por amplificadores.
I WANT YOU (SHE´S SO HEAVY) (Lennon/McCartney)
Gravado em 22, 23 de Fevereiro; 18, 20 de Abril e 8, 11, 20 de Agosto de 1969
Escrita por John para Yoko, este tema é mais um instrumental do que propriamente uma canção convencional, já que contém apenas duas frases. A parte She´s So Heavy vem de outra música de John, que foi unida à primeira. É uma das músicas mais longas dos Beatles (perto de 8 minutos). A guitarra solo é de John, que toca o moog até ao final, quando a música é abruptamente interrompida (o que na verdade aconteceu foi a fita de gravação ter terminado, e John achar interessante deixá-la assim na mistura final). 20 de Agosto de 1969, dia em que a canção foi terminada, acabou por ser a última vez que todos os Beatles estiveram juntos a tocar num estúdio.
O lado 2 contém então a suite desejada e escrita por Paul (um total de nove temas, desde You Never Give Me Your Money até Her Majesty), além de mais dois temas iniciais: Here Comes The Sun, de George, e Because, de John. O resultado global é magnífico, não se conseguindo imaginar um melhor testamento musical.
HERE COMES THE SUN (Harrison)
Gravado em 7, 8, 16 de Julho e 6, 11, 15, 19 de Agosto de 1969
Outro grande sucesso de George Harrison. Composta nos jardins da casa de Eric Clapton (só um inglês sabe como o sol na sua terra é bem-vindo) e feita apenas com variações no acorde D (ré) da guitarra. É um dos trabalhos mais melódicos dos Beatles. George toca os violões e o seu recém-adquirido sintetizador moog (mais tarde gravaria um disco solo só com esse instrumento — Electronic Sound).
BECAUSE (Lennon/McCartney)
Gravado em 1, 4 e 5 de Agosto de 1969
Um dos pontos altos de Abbey Road. Esta música não é de Paul McCartney, e sim de John Lennon, num dos seus momentos mais inspirados. Yoko tocava a Moonlight Sonata de Beethoven ao piano quando John pediu que a tocasse ao contrário. Daí surgiu a melodia de Because, um dos melhores arranjos vocais feitos pelo Beatles, dobrados algumas vezes (cada vocal foi sobreposto três vezes em cada microfone, totalizando nove vozes. As versões solo dos vocais podem ser ouvidas na Anthology 3). George Martin toca cravo, John guitarra, Paul baixo, e George Harrison o seu moog. Enquanto gravavam exigiram a presença de Ringo no estúdio, mesmo sem participar, apenas para partilhar aquele momento de harmonia, segundo George Emerick.
YOU NEVER GIVE ME YOUR MONEY (Lennon/McCartney)
Gravado em 6 de Maio; 1, 11, 15, 30, 31 de Julho e 5 de Agosto de 1969
Aqui começa a grande obra de Abbey Road, o pot-pourri formado pelas canções inacabadas de John Lennon e Paul McCartney. Esta foi criada por Paul e divide-se, na verdade, em três temas distintos: Em You Never Give Me Your Money, a música em estilo clássico e a letra pessimista reflectem a sua insatisfação com os rumos da banda, principalmente os financeiros – uma nota de culpa para Allen Klein. «Ele só nos dava papéis e mais papéis e quando perguntávamos sobre dinheiro e a situação da Apple ele desconversava, dizendo que éramos músicos e não homens de negócios.» Logo em seguida entra Magic Feeling, com a voz de Paul lembrando cantores dos anos 50 e perspectivando um beco sem saída: «But all that magic feeling / Nowhere to go.» As vozes referenciais de Because e Sun King entram aqui também. Em seguida vem One Sweet Dream, que descreve um sonho dourado, algo como dar a volta por cima: «One sweet dream / Pick up the bags and get in the limousine.» Nessa parte da canção, George usa arpejos similares aos de Here Comes The Sun com um amplificador Leslie, o que regista essa espécie de guitarra que mais tarde se tornaria sinónimo do “estilo Harrison”. E para finalizar, com um baixo inspirado e sons de grilos e outros animais, uma frase com rima, onde os Beatles contam até sete e dizem que «todas as crianças boazinhas vão para o céu.»
SUN KING (Lennon/McCartney)
Gravado em 24, 25 e 29 de Julho de 1969
Canção escrita por Lennon, cujo nome original era Here Comes The Sun King, mas foi encurtado para Sun King, a fim de evitar confusões com a música de Harrison Here Comes The Sun. Com um vocal triplo não tão elaborado como em Because, a música utiliza ainda algumas palavras em espanhol, italiano e português. Segundo Lennon: «Começámos a brincar a falar outras línguas e acabámos por misturar tudo! Paul sabia um pouco de espanhol que aprendeu no colégio, inventámos algumas palavras sem sentido e o restante tirámos de jornais». John compõs a música, usando a técnica do dedilhado que havia usado em Julia, do White Album. Outro ponto interessante nesta música foi o efeito “cross-channel movement”, que consistia em mudar o som de um canal para o outro (da direita para a esquerda e ao contrário, simultaneamente). Em entrevista de 1987, George disse que, para o timbre da guitarra, se inspirou em Albatross, dos Fleetwood Mac.
MEAN MR MUSTARD (Lennon/McCartney)
Gravada em 24, 25 e 29 de Julho de 1969
Tema de Lennon composto na Índia, era para fazer parte do White Album. Baseado num facto real descrito por um jornal sobre um homem miserável que escondia dinheiro para que as pessoas não o forçassem a gastá-lo. Foi encontrada uma versão demo gravada na casa de Harrison em Esher, que aparece em Anthology 3; nela é possível saber que o nome da irmã de Mustard era Shirley, mas que foi mudado para Pam para fazer a transição para a música seguinte, Polythene Pam.
POLYTHENE PAM (Lennon/McCartney)
Gravado em 25 e 28 de Julho de 1969
Para compor Polythene Pam, Lennon inspirou-se no encontro que tivera anos antes com um amigo poeta de Liverpool, Royston Ellis (descrito por John na famosa entrevista da Playboy, em 1980, como «o homem que apresentou os Beatles às drogas») e a sua namorada Stephanie. Na ocasião, ela estava vestida com uma roupa de polietileno. Há também a história sobre Pat Hodgett, fã dos tempos do Cavern, que costumava comer polietileno e era conhecida como Poliythene Pat.
SHE CAME IN THROUGH THE BATHROOM WINDOW (Lennon/McCartney)
Gravado em 25 e 28 de Julho de 1969
Mike Pinder, dos Moody Blues, contou a McCartney uma história de uma groupie que tinha entrado pela janela da casa de banho de Ray Thomas (outro membro dos Moody Blues) para passar a noite com ele. Paul achou a situação divertida e resolveu escrever um tema sobre o episódio.
GOLDEN SLUMBERS (Lennon/McCartney)
Gravado em 2, 3, 4, 30, 31 de Julho e 15 de Agosto de 1969
Adaptação de um poema do século 17 de Thomas Dekker. Uma bonita canção de Paul, que a compôs durante uma estada em casa do pai, em Heswall.
CARRY THAT WEIGHT (Lennon/McCartney)
Gravado em 2, 3, 4, 30, 31 de Julho e 15 de Agosto de 1969
Outra música de Paul, que parece aproveitar nova ocasião para lançar mais umas farpas a Allen Klein: «Boy, you're gonna carry that weight / a long time.» No entanto, no filme Imagine, Lennon afirma que nesta canção Paul se referia a todos os outros Beatles. John não participou nas sessões destes últimos dois temas (apenas gravou os backings posteriormente) devido a um acidente de carro com Yoko e Julian, que o obrigou a passar uns dias no hospital.
THE END (Lennon/McCartney)
Gravado em 23 de Julho e 5, 7, 8, 15 e 18 de Agosto de 1969
O final do disco e praticamente a despedida da banda. Coincidência ou não, cada um dos Beatles dá o seu adeus. Ringo faz o seu primeiro solo de bateria, e logo depois entram as guitarras de Paul, George e John (nesta sequência), e cada um intercala o seu solo. Após o break, o grand finale: «And in the end, the love you take is equal to the love you make.» Lennon disse na entrevista da Playboy: «Aquilo é Paul McCartney. A frase final carrega uma filosofia cósmica que prova que quando Paul quer algo, ele consegue.»HER MAJESTY (Lennon/McCartney)
Gravada em 2 de Julho de 1969
Esta faixa escondida do álbum (não creditada no verso da capa), que aparece cerca de 20 segundos de silêncio após The End, deveria estar no medley entre Mean Mr Mustard e Polythene Pam, mas o resultado não ficou bom e o engenheiro de som Malcom Davies incluiu-a na cópia de acetato do disco. Paul McCartney gostou e a música acabou por sair assim também no disco original. Uma homenagem de Paul à Rainha, num número acústico em que toca viola.A CAPA
A famosa fotografia da capa do álbum foi tirada do lado de fora dos estúdios da EMI em 8 de agosto de 1969 por Iain Macmillan (morreu em 2006). A sessão de fotos durou uns escassos quinze minutos. John, sempre muito apressado, só queria «tirar a foto e sair logo dali, deveriamos estar a gravar o disco e não a posar para fotos idiotas». Foram feitas seis fotos. Paul McCartney escolheu a que achou melhor, visto ter sido ele quem teve a ideia do título e da imagem para o novo álbum. Até então houvera o sério risco de o álbum se chamar Everest, apenas porque era essa a marca dos cigarros que Geoff Emerick fumava. Inclusive, até se tinha equacionado uma ida aos Himalaias para se tirar uma fotografia dos Beatles junto ao célebre monte.
A foto foi objecto de mais rumores e teorias de que Paul estaria morto, vítima de um acidente de moto em 1966. Apesar de ter sido apenas uma brincadeira e puro marketing do grupo, a lenda ainda é assunto para alguns beatlemaníacos. Na capa do LP, os Beatles estão a atravessar a rua numa passadeira a poucos metros dos Estúdios Abbey Road (que só após o lançamento do álbum seriam assim designados).
A foto conteria supostas pistas que dariam força ao rumor de que Paul estava morto: está descalço, fora de passo com os outros, está de olhos fechados, tem o cigarro na mão direita, apesar de ser canhoto, e a placa do carocha estacionado (pertencente na altura a um turista sueco que recusou tirar dali o carro quando isso lhe foi pedido) é “LMW”, referindo serem as iniciais de “Linda McCartney Widow” e abaixo o “28IF”, supostamente referindo-se ao facto de que McCartney teria 28 anos se (if em inglês) estivesse vivo (o I em “28IF” é realmente um “1”, mas isso é difícil de se ver na capa). Um contra-argumento é que Paul tinha somente 27 anos no momento da publicação de Abbey Road, embora alguns interpretem isso como ele teria um dia 28 anos se estivesse vivo). Os quatro Beatles na capa, segundo o mito “Paul está morto”, representariam o Padre (John, cabelos compridos e barba, vestido de branco), o responsável pelo funeral (Ringo, com um fato preto), o Cadáver (Paul descalço — como um corpo dentro de um caixão), e o coveiro (George, em jeans e com uma camisa de ganga). Outra suposta pista seria que na contracapa do álbum, do lado esquerdo da palavra Beatles, haveria oito pontos que, ligados, formariam o número 3 (sendo então “3 Beatles”). O homem no passeio, à direita, é Paul Cole, um turista dos EUA que só se deu conta de que estava a ser fotografado quando viu a capa do álbum, meses depois.
CURIOSIDADES
— É o 1.º álbum do grupo a ser editado apenas em stereo (era usual, até então, os álbuns serem editados simultaneamente em mono e em stereo), inovação rapidamente adoptada pela maioria das companhias discográficas.
— Durante as sessões de Abbey Road foram ainda gravadas mais seis faixas, não aproveitadas na edição final do álbum:
— What’s The New Mary Jane, que John pretendia editar como um single da Plastic Ono Band, por o tema ter sido rejeitado pelos outros três; mas depois desistiu da ideia
— Junk, editada posteriormente no primeiro álbum a solo de Paul, McCartney
— Not Guilty, de Harrison, regravada em 1979 e incluída no álbum George Harrison
— When I Come To Town, Four Nights In Moscow e I Should Like Tom Live Up A Tree, que, tal como a primeira, continuam sem ver a luz do dia.
— Abbey Road é o álbum mais vendido dos Beatles.
— Alan Parsons, o assistente de som, produziu o clássico de 73 The Dark Side of the Moon, da banda inglesa Pink Floyd.
— O carocha da capa está actualmente no museu da Volkswagen em Wolfsburg, Alemanha.
— A fotografia da capa mostra os Beatles a atravessarem a passadeira em Abbey Road, afastando-se do edifício dos estúdios. Este pormenor, mais o título da penúltima faixa (The End), fazia temer o pior. E o pior aconteceu realmente, seis meses depois, em 10 de Abril de 1970, quando Paul anunciou oficialmente ao mundo a extinção do grupo mais famoso de todos os tempos.
No Gira-discos: Golden Slumbers/Carry That Weight/The End
4 comentários:
Adorei o post Teresa!!!!
E fez-me lembrar uma coisa... que PENA que eu tenho de não ter tido uma máquina digital na minha visita a Abbey Road!
Tirei uma só foto nessa mítica passadeira e não ficou nada de jeito!
Bom, better luck next time!
O meu abbey road em vinil não tem her majesty. Alguém sabe que edição é essa?
Olá Jairo
Não tem, como? Na primeira edição Her Majesty não vem creditada na capa, mas está na disco 14 segundos após THE END. É considerada a primeira faixa escondida ( foi retirada do Medley e colocada no final por acidente).
NAs edições seguintes já vem a faixa creditada.
É a isso que se refere?
Abraço
ABel Rosa
Muito bom o Post, adoro essa album.
E amei aquela foto que está o Paul e a Lovely Linda, junto com John e Yoko.
Enviar um comentário